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“Portugal não é uma ilha” e “os capitais brasileiros são muitíssimo bem-vindos”

22 jun, 2012 • José Pedro Frazão, no Rio de Janeiro

Passos Coelho lembra, no Brasil, que as privatizações ainda decorrem em Portugal.

“Portugal não é uma ilha” e “os capitais brasileiros são muitíssimo bem-vindos”
Portugal está no bom caminho, mas é impossível não sofrer com o que, de negativo, possa passar-se na Europa e, mais concretamente, em Espanha. O aviso foi deixado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no Brasil.

“Os mais recentes acontecimentos nos mercados secundários da dívida soberana europeia mostram que o nosso país começou já a ganhar credibilidade e uma maior resiliência que nos torna mais resistentes aos contágios. Caso alguma coisa mais grave aconteça, Portugal não é uma ilha que viva isolada do resto da Europa e, portanto, o que se passar à nossa volta, evidentemente, que acabará sempre por ter consequências negativas”, afirmou perante uma plateia de empresários portugueses e brasileiros, num jantar da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro.

Seguiu-se o convite à participação nas privatizações portuguesas.

“E aqui no Rio de Janeiro, com ilustres participantes como os que tenho à minha frente, gostaria de reiterar que os capitais brasileiros são muitíssimo bem-vindos neste processo que está em curso. Recordo que temos ainda pela frente processos de privatização tão importantes como os da TAP, da ANA, dos CTT, dos Estaleiros de Viana do Castelo, entre muitos outros”, lembrou.

Do Brasil, Passos Coelho segue para a Colômbia, onde termina um périplo que começou no Peru.