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Governo admite discutir aumento do salário mínimo, diz CGTP

07 mai, 2012

Líder da central sindical esteve reunido com o ministro Álvaro Santos Pereira.

Governo admite discutir aumento do salário mínimo, diz CGTP
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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, revelou que o ministro da Economia mostrou disponibilidade para discutir a proposta da central sindical de aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para 515 euros.

"O ministro da Economia mostrou disponibilidade para discutir o assunto na concertação social. Vamos ver até que ponto essa disponibilidade vai mais longe", disse Arménio Carlos aos jornalistas, à saída de uma reunião com Álvaro Santos Pereira, no Ministério da Economia.

De acordo com o secretário-geral da CGTP, o "ministro reconheceu" que Portugal está "numa situação em que é fundamental dinamizar o mercado interno", o que passa, entre outras coisas, pela melhoria dos salários e das pensões de reforma.

"Exigimos que haja da parte do Governo as medidas adequadas para rapidamente aumentar o SMN em um euro por dia e também os restantes salários. Se não o fizer, vamos verificar que estas políticas estão a levar a classe média para a pobreza, os pobres para a miséria e os miseráveis a ficarem fora das estatísticas", argumentou.

Arménio Carlos lembrou que, em Portugal, existem cerca de 400 mil trabalhadores com 432 euros de salário líquido, "abaixo do limiar da pobreza, que são os 434 euros".

O secretário-geral da CGTP recordou que a proposta de aumento do SMN da central sindical inclui também uma redução dos preços da energia, dos combustíveis e das telecomunicações para as famílias e para as empresas e a abertura de uma linha de crédito, pela via da Caixa Geral de Depósitos, para facilitar o financiamento das micro e pequenas empresas.