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STE sugere demissão do Governo se aceitar sugestão da “troika”

03 abr, 2012

A “troika” admitiu a hipótese do corte do subsídios de férias e de Natal em Portugal vir a ser permanente. O economista Ferreira do Amaral considera que a sugestão revela visão distorcida da Comissão Europeia.

Ou o Governo se impõe ou então mais vale demitir-se. É assim que o presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) reage à sugestão feita esta manhã pela “troika”, sobre o corte permanente dos subsídios de férias e de Natal.

Bettencourt Picanço considera que “isto é uma desautorização do Governo de Portugal”.

“O Governo de Portugal enquanto o for, enquanto não se demitir, ou assume as suas funções e manda calar a “troika” ou então a gente não vai a lado nenhum”, afirma.

Também o economista Ferreira do Amaral discorda com a sugestão da “troika”. Este especialista lembra que acabar de vez com os subsídios de férias e de Natal seria “inconstitucional”.

Ferreira do Amaral considera ainda que esta ideia revela “uma visão distorcida da Comissão de que o problema português é de salários elevados”. “Não é”, garante o economista, é sim “falta de procura quer interna, quer externa".