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Revendedores de combustíveis pedem redução de imposto para estabilizar preços

19 mar, 2012 • Vera Pinto

Primeiro-ministro reconheceu esta terça-feira, em Viseu, que a situação é preocupante e má para a economia nacional, mas não falou em medidas.

Revendedores de combustíveis pedem redução de imposto para estabilizar preços

Em dia de mais uma subida de preços, a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) defende que o Governo deve flexibilizar o imposto sobre os produtos petrolíferos.

Só assim, diz Virgílio Constantino, presidente da ANAREC, é possível travar a escalada do preço da gasolina e do gasóleo. “O Governo poderia utilizar como estabilizador de preços uma parte que está afectada ao imposto dos produtos petrolíferos, reduzindo a percentagem do imposto que cai sobre cada litro de combustível”, defende.

A ANAREC diz que se os combustíveis continuarem a aumentar desta forma, este ano podem encerrar 250 postos de abastecimento. Já esta segunda-feira houve aumentos de dois cêntimos por litro no gasóleo e de mais de dois cêntimos na gasolina.

O primeiro-ministro reconheceu, em declarações em Viseu, que a situação é preocupante e má para a economia nacional, mas diz que nada pode fazer.
 
“Por via do encarecimento dos próprios fornecimentos, os combustíveis têm de aumentar o preço. Isso representa um custo acrescido para toda a economia nacional, porque os custos energéticos acabam por ter um peso muito grande na competitividade do país”, constata Passos Coelho.

“Quando ocorrem [os encarecimentos], penalizam aqueles que estão em mais dificuldades. Portugal é um país em dificuldades e esse tipo de notícia não é boa”, diz o primeiro-ministro.