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Tomar e Torres Novas passam a ser urgências básicas

01 mar, 2012 • Joana Bénard da Costa

Doentes mais graves são transferidos para Abrantes.

Tomar e Torres Novas passam a ser urgências básicas

A partir desta quinta-feira, as urgências dos hospitais de Tomar e Torres Novas passam a ser urgências básicas. Os casos mais graves serão encaminhados para Abrantes, a única unidade do centro hospitalar do Médio Tejo que mantém uma urgência médico-cirúrgica, ou seja, mais diferenciada.

Junto dos hospitais que ficaram com apenas com urgência básica foram colocadas ambulâncias de suporte imediato de vida.

A comissão de utentes do Médio Tejo não contesta a concentração das urgências, mas teme que a diminuição do número de médicos em Tomar e Torres Novas coloque em causa o acesso dos doentes aos cuidados de saúde.

Manuel José Soares explica, à Renascença, que as urgências básicas só precisam de ter dois médicos, o que “não é de maneira nenhuma suficiente para atender o conjunto da população que não tem alternativas”.

O director clínico do centro hospitalar do Médio Tejo garante, por seu lado, que as urgências básicas terão os meios humanos suficientes para assistir os casos menos urgentes. Paulo Vasco diz que as queixas dos utentes não fazem sentido.

“Há um lote grande de doentes que não passam por lá [pelas urgências básicas], ou seja, 50%, portanto as urgências passarão a ter 50% de casos básicos, com uma redução acentuada do tempo de atendimento”, argumenta. 

O director clínico do centro hospitalar do Médio Tejo afirma que a população vai ficar melhor servida com a reorganização dos serviços.

Paulo Vasco dá um exemplo: “Uma pessoa que partisse uma perna em Tomar tinha um processo de atendimento na unidade de Tomar  e não tinha nenhum ortopedista, depois era transferida para Abrantes, onde há um ortopedista, e nisto levava três a quatro horas. Agora, é transportada directamente do local do acidente até junto ortopedista, em 20 minutos”.

O centro hospitalar do Médio Tejo garante que tudo está a postos para a nova organização das urgências, com os casos mais graves a serem encaminhados, apenas, para Abrantes.