Tempo
|

Má gestão das empresas de transportes “não é culpa dos trabalhadores"

19 out, 2011

FECTRANS responde ao ministro Álvaro Santos Pereira que diz que a única solução para salvar essas empresas é despedir alguns trabalhadores.

Depois do ministro da Economia ter dito que a reestruturação do sector dos transportes deverá passar por despedimentos, a Federação dos Sindicatos de Transportes (FECTRANS) acusa o Governo de não ter uma política de promoção do transporte público.

Vítor Pereira, da FECTRANS, afirma que a factura da má gestão das empresas do sector público dos transportes não pode recair sobre os trabalhadores.

“Se houve erros de gestão ou erros de política de sucessivos governos essa responsabilidade não é dos trabalhadores das empresas de transportes. Agora, se o Governo quer roubar o posto de trabalho e o pão às pessoas que trabalham nestas empresas isso não pode acontecer”, disse Vítor Pereira.

O sindicalista acrescenta que estas empresas têm que “prestar um serviço às populações”.

“Se houver uma política que procure incentivar as pessoas a usar o transporte público e a abandonar o transporte individual, o país ganha muito dinheiro em combustíveis, menos poluição e mesmo em termos de saúde pública”, referiu.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse esta tarde em Lisboa que não havia outra opção para evitar a falência das empresas públicas de transportes. Ou se despedia alguns trabalhadores ou as empresas iam para a bancarrota e tinham que encerrar.