Emissão Renascença | Ouvir Online

Sector do calçado “merece ser mostrado como uma bandeira” nacional

01 set, 2015

Tem contribuído positivamente para a balança comercial portuguesa, a par de outros, "como o turismo e o têxtil", garante o ministro Pires de Lima.

Sector do calçado “merece ser mostrado como uma bandeira” nacional
O ministro da Economia apontou o sector do calçado como um exemplo da "capacidade de ganhar fora de casa" dos empresários portugueses que, mesmo mantendo uma estrutura familiar.

"É seguramente um dos sectores que merece ser mostrado como uma bandeira, como um orgulho, pelo esforço colectivo que fez e pela capacidade empresarial demonstrada por cada empresa", afirmou António Pires de Lima durante uma visita à comitiva de 93 empresas portuguesas que de terça a sexta-feira participa na feira de calçado Micam, em Milão, Itália.

Apontando a "escala muito impressionante" a que esta área tem contribuído positivamente para a balança comercial portuguesa, a par de outros, "como o turismo e o têxtil", Pires de Lima salientou que 2015 se prepara para ser o "terceiro ano consecutivo" em que o Portugal apresenta uma balança comercial de bens e de serviços positiva.

"É a primeira vez que acontece em Portugal desde a década de 40 do século passado, por mérito das empresas portuguesas - que estão a exportar mais cerca de 40% do que exportavam há cinco anos - e que demonstra uma enorme capacidade de competir e de ganhar fora de casa que os empresários portugueses ganharam ao longo dos últimos anos", salientou o ministro.

A par do mérito dos empresários, Pires de Lima destacou a importância da "consistência de políticas públicas no apoio ao sector" e da posição do Estado português enquanto "parceiro previsível e constante" da indústria do calçado, recordando que os vários executivos têm vindo a apoiar consistentemente a indústria do calçado "desde a década de 80".

"Temos seguramente mais de 10 milhões de euros de apoio por ano só à promoção do sector do calçado neste esforço que estamos a fazer com várias feiras em todo o mundo", sustentou, reiterando que "a grande virtude deste tipo de apoios é que sejam continuados ao longo do tempo, legislatura após legislatura", porque só assim "se consegue construir marca e presença comercial".

Relativamente aos 160 milhões de euros de investimento projectados pelo sector português do calçado para os próximos cinco anos nas áreas da internacionalização, inovação e qualificação, António Pires de Lima admitiu que venham a ser comparticipados em "20/30%" pelos fundos comunitários do Portugal 2020.

Mas aproveitou para elogiar o sector do calçado por "ter decidido investir independentemente do apoio que vier a ter", considerando que "isso é que demonstra iniciativa, independência e capacidade de fazer".