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Governo estuda soluções para apoiar empresas portuguesas em Angola

01 abr, 2015

Forte queda do preço do petróleo tem colocado Angola perante dificuldades. As exportações de Lisboa para Luanda caíram 20% e há problemas para conseguir fazer repatriação de capitais de Angola para Portugal.

Governo estuda soluções para apoiar empresas portuguesas em Angola

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou esta quarta-feira que o Governo está a estudar soluções e em breve deverá anunciar medidas de apoio às empresas portuguesas que exportam ou têm presença em Angola.

Durante o debate quinzenal, no Parlamento, Passos Coelho disse que o executivo PSD/CDS-PP não ignora "o que se está a passar em Angola" e está a trabalhar com o Governo angolano nalgumas soluções que não dependem somente de Portugal, e que "no passado já provaram em circunstâncias parecidas que podem sustentar algumas garantias para empresas portuguesas". Sobre essas nada mais adiantou.

"Mas há outras soluções que dependem só de nós, se elas não tiverem um peso orçamental muito grande. Estamos justamente a analisar a possibilidade de podermos estender algumas garantias através das sociedades de garantia mútua para poder em termos de tesouraria suportar uma parte do risco cambial que está inerente às formas de solver responsabilidades de tesouraria de curto médio prazo para muitas dessas empresas, sobretudo pequenas e médias empresas. Estou convencido de que o Governo muito proximamente estará em condições de anunciar medidas em concreto", acrescentou.

Passos Coelho deu conta de reuniões de avaliação que têm decorrido com a participação dos ministérios da Economia e das Finanças e com o Banco de Portugal para encontrar respostas que possam "minorar algumas incertezas".

Além das dificuldades de exportação – referindo-se à queda de 20% nas vendas a Luanda -, o governante referiu-se ainda aos constrangimentos que existem na repatriação de capitais de Angola para Portugal, situação que se agravou com a escassez de divisas internacionais devido à queda dos preços do petróleo, motivo que dificulta a entrada de moeda estrangeira no país.