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Passos. Futuro "terá de ser muito marcado pelo combate ao desemprego"

01 abr, 2015

Correcções em alta para a economia deixam "satisfeito" o primeiro-ministro, subida do desemprego em Fevereiro não merece grandes comentários.

Passos. Futuro "terá de ser muito marcado pelo combate ao desemprego"

O primeiro-ministro reconhece que o combate ao desemprego terá que ser a prioridade do Governo nos próximos tempos.

"Não tenho dúvidas de que o tempo que temos à nossa frente é um tempo que terá de ser muito marcado pelo combate ao desemprego", disse Passos Coelho durante a apresentação de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Econômico (OCDE) sobre Portugal, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O primeiro-ministro disse que esse combate passa por apostar no investimento: "Precisamos, para ancorar devidamente o crescimento e sobretudo a criação sustentada de emprego e uma maior redistribuição com mais justiça da riqueza gerada, de apostar no investimento, quer com maior volume, quer com maior qualidade".

Passos Coelho falou também sobre os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística que apontam para uma subida da taxa de desemprego em Fevereiro (14,1%).

"Temos ainda muito poucas condições para conhecer com detalhe o que terá estado na origem dessa revisão que foi agora anunciada sobre o último trimestre continuado", afirmou, defendendo que "é cedo para falar numa inversão de tendência".

O chefe do executivo PSD/CDS-PP introduziu este assunto quando falava das reformas laborais. Passos Coelho sustentou que "essas reformas, a par das políticas activas de emprego, têm sido responsáveis por uma parte significativa do novo emprego e pela redução do desemprego nos últimos dois anos".

"Mesmo tendo em atenção que os últimos dados que foram revistos pelo INE apresentaram para os últimos três meses em cadeia um agravamento do desemprego, e em particular do desemprego jovem", acrescentou.

A seguir, o primeiro-ministro referiu-se também à revisão em alta das previsões de crescimento da OCDE para a economia portuguesa. "Fico satisfeito de saber que há já hoje um conjunto de instituições e de entidades que têm vindo a reforçar uma revisão em alta das perspectivas de crescimento em Portugal, quer para este ano, quer para o ano seguinte. Foi o caso também da OCDE", disse.

Na cerimónia falou também o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, que fez elogios ao governo português. Gurría considerou que o mais recente relatório da organização "apresenta diversas recomendações para garantir uma utilização eficaz dos recursos limitados", dando como exemplo de áreas a privilegiar "o apoio às escolas e alunos desfavorecidos" e a "a coordenação entre os diferentes níveis do Governo".