26 mar, 2015
Governo elogia Governo
Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, preferiu falar sobre o défice orçamental, sem medidas extraordinárias, que se fixou igualmente três décimas abaixo da meta do Governo, nos 3,7%, e não nos 4% como estava previsto.
"O objectivo que tinha sido determinado era de 4%, ficámos com 3,7%, o que tem um efeito de arranque para 2015 bastante mais positivo do que aquele que à partida se contava, o que torna bastante mais realista ainda a meta do Governo", disse Luís Marques Guedes.
Questionado sobre o facto de o défice ter sido obtido com medidas extraordinárias, respondeu: "A oposição e alguma comunicação social focam-se sempre nas medidas que podem parecer menos positivas, do que nas medidas que são verdadeiramente positivas".
Marques Guedes frisou que "está esclarecido que há um conjunto de medidas que têm impacto no défice de 2014", como as relacionadas com a Carris, que "passaram a entrar para o perímetro por razões de decisões internacionais, mas que não têm a ver com o comportamento da economia portuguesa".
E, nesse sentido, explicou que essas medidas "não podem nem são contabilizadas para o efeito do desempenho do crescimento económico e da consolidação durante o ano em causa".
O ministro da Presidência centrou-se "nas boas notícias para a economia portuguesa e os portugueses" e no significado dos 3,7%, que considera ser "mais uma confirmação de que as metas a que [o Governo] se propôs em 2015 vão seguramente ser atingidas em termos de consolidação orçamental".
"O país vai sair pela primeira vez do procedimento do défice excessivo, neste ano de 2015, e as perspetivas de crescimento da economia portuguesa seguramente vão ser olhadas com mais positivas através destes números", disse.