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Gestão do BPI chumba preço da OPA dos espanhóis

05 mar, 2015

Conselho de Administração do BPI diz que a oferta do CaixaBank fica-se pelo mínimo exigido pela lei e não reflecte a justa avaliação das várias operações do banco, em Portugal, Angola e Moçambique.

Gestão do BPI chumba preço da OPA dos espanhóis

A administração do BPI considera que o preço oferecido pelo CaixaBank - 1,329 euros por acção - fica-se pelo mínimo exigido pela lei e não reflecte a justa avaliação das várias operações do banco, em Portugal, Angola e Moçambique.
 
No relatório comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco defende um valor superior a dois euros por acção.

O banco refere "que o preço que reflecte o valor actual do BPI se decompõe da seguinte forma: Actividade doméstica 1.12 euros por Acção, Actividade internacional 0.92 euros por Acção, Total 2.04 euros por Acção. A este total deverá ser adicionado o valor resultante da partilha (50/50) das sinergias anunciadas pelo Oferente, correspondente a 0.22 por Acção."

Mas o preço não é o único factor que leva a administração do BPI a pronunciar-se desta forma face à OPA lançada pelo maior accionista. A inexistência de uma estratégia clara para Angola e Moçambique será outra razão invocada, refere o "Diário Económico", que avançou a notícia.

Esta questão já tinha sido tema nos jornais económicos desta quinta-feira, com o "Jornal de Negócios" a relatar que a administração do BPI não chegara a acordo sobre como avaliar valor e oportunidade da OPA do CaixaBank. E que a avaliação da insuficiência do preço e efeito na corrida ao Novo Banco eram os temas da divergência.

O mesmo jornal avançava que os catalães não tinham participado no encontro para dar mais liberdade de discussão aos elementos da gestão do BPI.

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[actualizado às 20h10]