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Reembolso antecipado ao FMI poupa 700 milhões a Portugal

04 mar, 2015

Contas mais recentes são da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública. Governo anunciou reembolso em Março de seis mil milhões dos 14 mil milhões previstos em dois anos e meio.

O reembolso antecipado do empréstimo ao FMI pode representar para Portugal uma poupança máxima de 700 milhões de euros, ou seja, mais 200 milhões que a última estimativa que foi apresentada há duas semanas pela Comissão Europeia.
  
As contas mais recentes são da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), e foram reveladas pela presidente da instituição, que foi ouvida no parlamento na comissão de orçamento, finanças e administração pública.

Cristina Casalinho adiantou que, só este ano, o reembolso previsto irá permitir uma poupança de 100 milhões de euros. "As poupanças são significativas e no cúmulo podem ser na ordem dos 700 milhões para o montante total", de 14 mil milhões de euros, disse.

Na semana passada, a ministra das Finanças disse que Portugal reembolsará em Março seis mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) dos 14 mil milhões previstos em dois anos e meio.

Esta manhã, no parlamento, Cristina Casalinho adiantou que o Estado vai emitir mais quatro mil milhões de euros este ano do que inicialmente previsto e reduzir a “almofada financeira” em dois mil milhões de euros para reembolsar o FMI.

Na última actualização da estratégia de financiamento da dívida pública, de Janeiro, o IGCP antecipou que as necessidades líquidas de financiamento do Estado serão de 11,2 mil milhões de euros em 2015 e que a reserva financeira no final do ano será de 10,2 mil milhões, prevendo-se ainda serem precisos 11 mil milhões de euros para financiar o Estado em 2016.