Regulador exige que BPI e BCP divulguem carta de Isabel dos Santos

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) notificou as administrações do BPI e do BCP para divulgarem, de imediato, a carta que Isabel dos Santos lhes enviou, onde formaliza a proposta de fusão entre os dois bancos, como resposta à OPA do CaixaBank ao banco liderado por Fernando Ulrich.

O regulador já terminou a suspensão de venda das acções do BPI e do BCP. A CMVM determinou a retoma das negociações, porque já recebeu a informação relevante solicitada às duas instituições bancárias.

Esta suspensão aconteceu depois da confirmação do BCP de que recebeu uma carta da empresária angolana Isabel dos Santos, em nome da Santoro Finance, a propor uma fusão com o BPI.

A missiva foi enviada na última noite e foi dirigida aos presidentes executivos do CaixaBank, Gonzalo Gortázar; do BPI, Fernando Ulrich; e do BCP, Nuno Amado.

O objectivo é travar a oferta pública de aquisição (OPA) apresentada pelo CaixaBank sobre o BPI, liderado por Fernando Ulrich. O CaixaBank anunciou a 17 de Fevereiro a intenção de adquirir a maioria do capital do BPI por 1,329 euros por acção, num total de 1,082 mil milhões de euros.

A proposta foi comunicada aos três bancos através da empresa Santoro, detida por Isabel dos Santos.

Na missiva, a empresária angolana defende a criação do maior banco com sede em Portugal, e com posições em Angola, Moçambique e na Polónia, e uma gestão portuguesa e independente dos accionistas.

Esta manhã, as acções do BCP e do BPI estão a subir mais de 5% , perante os rumores desta proposta.

[notícia actualizada às 15h30]