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António Costa defende TAP sob controlo do Estado

11 dez, 2014

Líder do PS reconhece que a companhia aérea precisa de um de reforço de capital.

O líder do PS critica a intenção do Governo de privatizar a maioria do capital da TAP. António Costa propõe a captação de capitais privados em bolsa.

"É perigoso para o futuro pretender resolver um problema imediato de capitalização da empresa sacrificando aquilo que é estratégico para o futuro do país, que é a manutenção do controlo público de uma empresa que é hoje um dos pilares da soberania nacional", afirmou António Costa.

O secretário-geral socialista, que falava aos jornalistas após uma reunião com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em São Bento, considera que esta é mesmo uma questão de “soberania nacional”.

"A soberania nacional não é afirmada simplesmente pela garantia que as Forças Armadas dão sobre a integridade do território nacional. A soberania nacional também é assegurada pela capacidade que o país tem de se interligar com o mundo - e nessa capacidade a TAP tem um papel absolutamente central", defende António Costa.

O líder do PS reconheceu que a TAP necessita de reforçar o seu capital, sendo por essa razão necessária uma operação de capitalização.

"Perante as restrições colocadas pela União Europeia ao reforço do capital por parte do Estado, há que encontrar alternativas. Julgamos que no sector público há alternativas e julgamos também que seria possível proceder a um aumento do capital da empresa, através da bolsa, com investimento de capital privado, sem que o Estado perca a posição de controlo fundamental para a empresa", afirmou.

Para António Costa, quem entende que a defesa do interesse público tem de estar acima de tudo, "deve entender que em caso algum o Estado pode perder o controlo da TAP".

Os trabalhadores da TAP, que também estão contra a privatização da empresa, convocaram uma greve entre o Natal e o Ano Novo, entre 27 e 30 de Dezembro.