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Sócrates quebra silêncio. Acusações são “absurdas, injustas e infundamentadas”

27 nov, 2014

Arguido está preso preventivamente em Évora e ditou uma carta para entregar ao “Público”.

Sócrates quebra silêncio. Acusações são “absurdas, injustas e infundamentadas”

O ex-primeiro-ministro José Sócrates considera que são "absurdas, injustas e infundamentadas" as acusações de que é alvo.

Numa carta ditada pelo telefone ao seu advogado da cadeia de Évora para entregar ao jornal “Público”, José Sócrates acrescenta que este processo tem “também contornos políticos”.

“A minha detenção para interrogatório foi um abuso e o espectáculo montado em torno dela uma infâmia”, afirma. Queixa-se depois da “humilhação gratuita” que sofreu com a decisão do juiz Carlos Alexandre de o colocar em prisão preventiva, uma medida de coacção que considera ser “injustificada”.

José Sócrates está preso preventivamente desde a noite de segunda-feira, 24, depois de três dias detido para interrogatório. É acusado de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

O ex-primeiro-ministro critica a acusação, ou seja, o Ministério Público, que tem o “verdadeiro poder - de prender e de libertar”.

No final da carta, José Sócrates acrescenta que “este é um caso da Justiça e é com a Justiça Democrática que será resolvido.”

“Este processo é comigo e só comigo. Qualquer envolvimento do Partido Socialista só me prejudicaria, prejudicaria o Partido e prejudicaria a Democracia.”

José Sócrates prepara-se para a luta judicial. “Este processo só agora começou.”


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