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Autoridade para Condições de Trabalho suspende “call center” em Beja

26 nov, 2014

Esta quarta-feira ocorreu o terceiro incidente com os funcionários da PT que tiveram sintomas de intoxicação.

A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) decidiu suspender a actividade nas salas do "call center" da PT em Beja, onde trabalham os 21 funcionários assistidos esta quarta-feira no hospital da cidade com sintomas de intoxicação.

A responsável pela ACT de Beja, Guilhermina Coelho, indicou à agência Lusa que aquele organismo está a "acompanhar a situação, em conjunto com as entidades de saúde", tendo sido decidido "suspender a actividade nas salas do `call center` onde trabalham as pessoas afectadas" com sintomas de intoxicação, "até nova avaliação do caso".

A intervenção da ACT surge depois de 21 trabalhadores do "call center" da PT em Beja terem dado entrada no serviço de urgências do hospital da cidade com sintomas de intoxicação, segundo fonte da unidade de saúde.

Guilhermina Coelho explicou que, em conformidade com as ocorrências registadas anteriormente na PT em Beja, que afectaram dezenas de trabalhadores com sintomas de intoxicação nos dias 15 e 17 deste mês, a ACT decidiu "dar continuidade ao inquérito em curso, para averiguar as causas da intoxicação".

Segundo a responsável, em relação às situações anteriores, depois da avaliação feita ao local e "depois dos resultados das medições apresentarem valores dentro do previsto legalmente, a empresa reabriu as instalações na terça-feira".

A fonte da unidade de saúde adiantou que os trabalhadores começaram a entrar nas urgências do hospital a partir das 13h00 desta quarta-feira com "náuseas, vómitos e ardor na garganta", os mesmos sintomas dos casos registados nos passados dias 15 e 17.

"Nenhum dos casos é preocupante", frisou, referindo que foi administrada "terapêutica para reverter os sintomas" aos trabalhadores, sendo que a maioria já teve alta.

No passado dia 15, um total 17 trabalhadores do "call center" da PT em Beja foi levado para o hospital da cidade com sinais de intoxicação, situação que se repetiu dois dias depois, no dia 17, quando 41 trabalhadores do mesmo serviço também tiveram de ir para as urgências hospitalares devido a intoxicação, tendo todos tido alta horas mais tarde.

As pessoas apresentavam sintomas como vómitos, náuseas e ardor na garganta e, segundo os bombeiros de Beja, na origem dos casos de intoxicação terá estado um pesticida utilizado na desinfestação do edifício, para eliminar piolhos dos pombos.

A desinfestação foi feita após queixas dos trabalhadores devido à existência de piolhos dos pombos.

No passado dia 17, a PT Portugal anunciou o encerramento das instalações em Beja, as quais reabriram na terça-feira.

As instalações foram encerradas para a realização de uma auditoria interna para averiguar a origem dos casos, que estão a ser investigados pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e pela autoridade de saúde local.