TAP é para vender antes das eleições legislativas

O Governo quer fechar a venda da TAP até ao final do primeiro semestre de 2015. O Ministério da Economia não quer arrastar o negócio e o objectivo é concluir o processo antes das legislativas, apurou a Renascença.

A alienação foi aprovada, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros. O Executivo anunciou a venda de 66% do capital da TAP SGPS, mas o ministro da Economia, Pires de Lima, está aberto a outras propostas.

O Ministério da Economia não quer ficar de novo com a TAP nas mãos. Desta vez a transportadora é mesmo para alienar, pelo menos parte dela, e rapidamente. O ministro Pires de Lima confia que a operação se realize entre Março e Abril.

Antes mesmo da promulgação da privatização pela Presidência da República, o ministério já estará a preparar o caderno de encargos para apresentar aos candidatos.

O Conselho de Ministros aprovou a venda de 66% da TAP, 61% a investidores e 5% a trabalhadores. Mas a Renascença sabe que o ministro da Economia admite que o Estado poderá ficar com uma fatia maior do capital da empresa.

Nesta fase os candidatos têm liberdade para apresentar as suas melhores propostas, até porque, segundo Pires de Lima, hoje a TAP vale mais do que valia há dois anos.

Ainda segundo declarações do ministro a um grupo restrito de jornalistas, há pelo menos quatro interessados na transportadora. O governante só não disse os nomes. Mas é conhecido o interesse do grupo espanhol Globalia, que esta quinta-feira disse à agência Lusa que era positiva a proposta do Governo de vender 66% da TAP.

Já Miguel Pais do Amaral diz que vai analisar com o antigo dono da Continental Airlines, o norte-americano Frank Lorenzo, esta proposta, mas lembra que preferia adquirir 100%.

Continuam também a ser apontadas manifestações de interesse por parte do empresário Gérman Efromovich e ainda pela companhia brasileira Azul.