Pires de Lima vai evitar "mais taxas e taxinhas" no turismo

O ministro da Economia, António Pires De Lima, reconhece que não teve poder para descer a taxa do IVA da restauração, mas deixa uma garantia: enquanto for ele o titular da pasta não será criada nenhuma nova taxa para o sector do turismo.

"Eu posso não ter tido o poder que gostaria para baixar o IVA da restauração (…) mas tenho poder suficiente para, em conjugação com os meus colegas do Governo, evitar mais taxas e taxinhas sobre o sector do turismo e da hotelaria", garantiu Pires de Lima aos empresários presentes no 26º Congresso da Associação de Hotelaria de Portugal, que decorre em Braga.

O ministro considerou ainda que este é um "sector campeão nacional". Por hora, os turistas deixam em Portugal um milhão de euros. Pires de Lima sublinhou que o sector "vai continuar a crescer com menos custos de contexto com este Ministério da Economia".

O ministro da Economia avisou que se António Costa for primeiro-ministro o turismo vai ter mais uma taxa.

"De forma bastante organizada – é das poucas coisas que vejo António Costa defender – é a criação de uma taxa de dormidas na região de Lisboa (…). Se algum dia acontecer Portugal ter como primeiro-ministro António Costa, coisa que eu realmente não desejo, uma das coisas que o vosso sector iria ter de viver seria uma aplicação de uma taxa de dormidas a nível nacional", disse.

Segundo Pires de Lima, a criação daquela taxa "significaria transpor para os empresários do sector o custo de 120 milhões de euros por ano", o que, adiantou, não é intenção do Governo.

A criação de uma taxa a aplicar a cada dormida em Portugal foi uma hipótese colocada pelo ministro do Ambiente para o Orçamento do Estado de 2015, mas a medida acabou por ser vetada.