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Pequenos investidores com “esperança reduzida” de recuperar o dinheiro investido no BES

18 out, 2014

Pediram para ser ouvidos pelo Banco de Portugal e também ser recebidos pelos grupos parlamentares.

Os pequenos investidores estão mais pessimistas sobre a recuperação do dinheiro investido no BES, com a entrada da Rioforte e da Espírito Santo Internacional em insolvência.

A decisão foi anunciada esta sexta-feira pelo Tribunal do Luxemburgo, que recusou o pedido de gestão controlada às empresas do Grupo Espírito Santo.

Uma decisão que confirma os piores receios dos pequenos investidores, mais de uma centena, que integram a Associação de Defesa dos Clientes bancários, confirma Luís Janeiro, um dos elementos da associação.

“Vem confirmar os piores receios dos pequenos aforradores que são nossos associados e que aplicaram poupanças sob proposta dos funcionários do BES e de entidades financeiras. A parte chamada não financeira caiu ao mesmo tempo que o BES, o que na nossa opinião demonstra mais uma vez que a ligação era intima e a estratégia a mesma. Esta decisão reduz a nossa esperança de recuperarmos algum dinheiro investido, mas para nós a responsabilidade é de todo o grupo”, disse.

Segue-se agora a liquidação das empresas. No entanto, estes pequenos investidores estão entre os últimos a receber, se ainda houver capital para distribuir quando chegar a vez deles, explica o advogado João Caiado Guerreiro.

“Credores que não tenham garantias serão pagos depois dos credores que tenham garantias. No caso da Rio Forte há muitos credores e as obrigações não são todas iguais”, refere.

Os pequenos investidores representados por esta associação já pediram para ser ouvidos pelo Banco de Portugal e querem ainda ser recebidos pelos grupos parlamentares, no âmbito da comissão de inquérito ao “caso BES”.