30 set, 2014
Embora o número seja superior ao acordado com a “troika”, a diferença não deve trazer consequências.
“Esta alteração na forma de fazer as contas já era esperada por Bruxelas. Como tal, não acredito que os nossos parceiros nos obriguem a uma austeridade acrescida”, explica a especialista da Renascença em assuntos económicos, Graça Franco.
“Uma das rubricas que faz engordar o défice de 2014 são os 1.300 milhões de euros relativos a empréstimos feitos à CP e à Carris que agora passam a entrar nas contas do Estado, uma alteração que os nossos credores internacionais também já estavam à espera”, acrescenta Graça Franco.
Apesar deste número menos favorável no que diz respeito ao défice para este ano (com uma redução de apenas uma décima face às nove inicialmente previstas), é de realçar que, tendo em conta a nova metodologia, os défices recalculados de 2010 até 2014 mostram ainda uma redução do défice de 11,7 mil milhões face ao número recorde de 2010 (11,2% do PIB).
[notícia actualizada às 12h43]