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UGT quer 505 euros para salário mínimo. CGTP acha "injusto"

17 set, 2014

As duas centrais sindicais apoiam a actualização do salário mínimo mas discordam no valor.

A UGT propôs um salário mínimo nacional (SMN) de 505 euros, (mais 20 euros que o actual) sem actualização até ao final de 2015, abrindo mão de efeitos retroactivos. A CGTP não considera o valor "minimamente justo".

A proposta foi apresentada na reunião do grupo de trabalho do SMN entre o Governo e os parceiros sociais. No final do encontro, o secretário-geral adjunto da UGT, Luís Correia, explicou que a central não cede na sua proposta, considerando que a actualização remuneratória pode ocorrer já em Outubro. 

A CGTP sublinhou que o valor "não é razoável" e que se a proposta avançar, será "um mau passo". Esta central sindical tem reivindicado o aumento do salário mínimo para os 515 euros.

Realçando que o SMN está congelado desde 2011, o membro da comissão executiva da CGTP Armando Farias defendeu que o aumento "continua a não dar resposta às necessidades", e que os sindicatos vão continuar a lutar por "valores minimamente razoáveis e não os que foram postos em cima da mesa".

O secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira afirmou que o Governo quer actualizar a remuneração, mas antes pretende "obter um entendimento generalizado em relação aos parâmetros que estão em apreciação", sublinhou aos jornalistas no final da reunião.

Depois de na última reunião de Concertação Social o aumento do salário mínimo ter ficado fora da agenda, pressionado pelas centrais sindicais, que exigem um aumento imediato, o Governo acabou por marcar a reunião desta quarta-feira.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), José Silva Peneda, disse estar "optimista" que a decisão do Governo relativa ao aumento do salário mínimo seja tomada "mais semana, menos semana".