Tempo
|

Governo revê desemprego em baixa e crescimento em alta

28 ago, 2014

Para atingir o défice de 4% voltam os cortes salariais na função pública, a partir dos 1.500 euros. Além disso, serão cortadas e congeladas despesas de vários ministérios.

Governo revê desemprego em baixa e crescimento em alta
A ministra das Finanças anunciou que a perspectiva do Governo é que a taxa de desemprego se fixe nos 14,2%, face aos anteriores 17,7%, e que a economia cresça 1% este ano. O executivo actualizou o seu cenário macroeconómico no segundo Orçamento do Rectificativo para 2014, que chega esta quinta-feira à Assembleia da República e é discutido a 4 de Setembro. Para atingir o défice de 4% voltam os cortes salariais na função pública, a partir dos 1.500 euros.
A ministra das Finanças anunciou que a perspectiva do Governo é que a taxa de desemprego se fixe nos 14,2%, face aos anteriores 17,7%, e que a economia cresça 1% este ano.

O executivo actualizou o seu cenário macroeconómico no segundo Orçamento do Rectificativo para 2014, que chega esta quinta-feira à Assembleia da República e é discutido a 4 de Setembro.

Maria Luís Albuquerque revê em alta as perspectivas de crescimento económico fomentado pelo consumo interno, com PIB em alta 1%. Esta revisão permite um aumento da receita fiscal, previsto em 0,7%, e uma redução das despesas coma Segurança Social, sublinhou a ministra em conferência de imprensa, garantindo ainda o cumprimento da meta de 4% do défice.

Também a previsão da dívida pública foi revista em alta para os 130,9% do PIB.

Tal como prometeu Passos Coelho, não haverá recurso a novo aumento de impostos. A solução será cortar nos salários da função pública, desta vez ao nível de 2011, nos ordenados a partir dos 1.500 euros.

O Governo conta ainda cortar e congelar despesas de vários ministérios.

Ministra desvaloriza críticas
Maria Luís Albuquerque disse que a apresentação de orçamentos rectificativos representa uma "clara demonstração de respeito democrático" num período de "incerteza absolutamente fora do normal" em dados económicos.

"Enfrentámos ao longo destes três anos a maior crise dos últimos 80 anos o que traz consigo um nível de incerteza absolutamente fora do normal", declarou a governante, que falava no 'briefing' a seguir ao conselho de ministros e apresentava o segundo orçamento rectificativo para o ano de 2014.

Na sua intervenção sublinhou ainda que quando se começa a executar o orçamento de um ano, que surge em Outubro, os dados que lhe servem de base estão "frequentemente desactualizados" porque dizem respeito a meses anteriores e, num período de instabilidade, podem mudar.

Ainda na conferência de imprensa, que se seguiu ao conselho de ministros, o ministro-adjunto Marques Guedes voltou a dizer que depois dos vários chumbos do Tribunal Constitucional, esta reforma precisa mesmo de um acordo político alargado.