Emissão Renascença | Ouvir Online

Caso GES

Auditoria na PT envolve Bava e Granadeiro

13 ago, 2014

Ex-presidente do conselho de administração Zeinal Bava sempre recebeu tabelas com aplicações financeiras, que falavam em BES e não em Grupo Espírito Santo (GES), avança o Expresso.

Uma investigação interna na Portugal Telecom (PT) revela que Zeinal Bava recebia informação sobre o Banco Espírito Santo (BES). Henrique Granadeiro também é comprometido, avança o Expresso.

A notícia tem por base um documento de cinco páginas que a comissão de auditoria terá entregue ao conselho de administração da PT, com as conclusões à investigação sobre a subscrição de 900 milhões de euros de papel comercial da Rio Forte.

Segundo esta acta, o ex-presidente do conselho de administração Zeinal Bava sempre recebeu tabelas com aplicações financeiras, que falavam em BES e não em Grupo Espírito Santo (GES).

Henrique Granadeiro, que se demitiu na semana passada do cargo de presidente executivo da PT, não recebia estes dados, mas confessa que mandou contratar 200 dos 900 milhões de papel comercial em causa. A PT não queria investir em 2014, mas foi convencida, não se sabe porquê.

A comissão de auditoria refere ainda que o administrador financeiro Pacheco de Melo devia ter denunciado, mas não o fez. Morais Pires, à época administrador não executivo da PT e em simultâneo administrador financeiro do BES, nunca revelou na PT os problemas ligados ao Grupo Espírito Santo, que deveriam ser do seu conhecimento.

Esta comissão de auditoria de Mello Franco só se iliba a si mesma.