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Caso Espírito Santo. Governo está "preparado" para tomar "todas as medidas"

01 ago, 2014

Passos Coelho afirma que o executivo não deixará de "tomar todas as medidas que forem necessárias para garantir a estabilidade" financeira.

Caso Espírito Santo. Governo está "preparado" para tomar "todas as medidas"

O Governo está “preparado” para garantir a estabilidade financeira na sequência da crise no universo Espírito Santo, afirmou esta sexta-feira o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

O chefe do Governo, em declarações aos jornalistas no Algarve, onde já se encontra de férias, disse que está a “seguir toda a situação com muita atenção”.

“Esta é uma fase em que o supervisor, o Banco de Portugal, precisará de monitorizar a situação e propor aquilo que achar que é adequado e recomendável. Aquilo que é importante é que as pessoas saibam que o Banco de Portugal tomará todas as medidas necessárias para garantir a estabilidade financeira”, afirmou Passos Coelho.

Se for necessário o Governo está preparado para actuar? O primeiro-ministro respondeu: “com certeza que estamos sempre preparados”.

Passos Coelho sublinha que a  “estabilidade financeira é muito importante” para a economia do país e para o emprego.

“Não deixaremos de tomar todas as medidas que forem necessárias para garantir essa estabilidade, mas esta é uma fase que pertence ao Banco de Portugal, não pertence ao Governo”, salientou o primeiro-ministro.

O jornal "Público" tinha noticiado esta sexta-feira que o Banco de Portugal e Governo estão a avaliar a possibilidade de uma intervenção pública no Banco Espírito Santo.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu esta sexta-feira a negociação das acções do BES, até "à divulgação de informação relevante". Antes desta decisão do regulador os títulos do banco atingiram um novo mínimo histórico, nos 0,105 euros.

Também a terminar a semana, a Espírito Santo Financial Portugal admitiu esta sexta-feira a sua incapacidade para honrar compromissos e avançou com um pedido de insolvência que visa lançar um processo especial de revitalização, ao abrigo do Código de Insolvência e Recuperação de Empresas (CIRE).