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Administradores foram ilibados no caso BES Vida

29 jul, 2014

Ministério Público não detectou "indícios suficientes da sua participação nos factos". Em causa está a venda de acções da EDP.

Administradores foram ilibados no caso BES Vida

O Ministério Público (MP) arquivou o processo contra dois ex-administradores com assento na comissão executiva do Banco Espírito Santo (BES), por inexistência de irregularidades na participação na venda de acções da EDP entre o BES Vida a BES, em 2008.  
 
A Procuradoria-Geral da República (PGR), que não revelou a identidade dos dois administradores, disse esta terça-feira à agência Lusa que a investigação do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, iniciada em Novembro de 2012, não encontrou "indícios suficientes da sua participação nos factos". 
 
Segundo o "Diário Económico", José Maria Ricciardi e Amílcar Morais Pires, constituídos arguidos em 2013, são os dois administradores visados.
 
Na mesma investigação, o MP proferiu acusação contra três elementos do departamento financeiro, mercados e estudos do BES, pela prática de um crime de abuso de informação em co-autoria. 
 
O ilícito prende-se "com a realização de operações para a carteira própria do BES, em acções EDP, e em que figuraram como contrapartes a BES - Vida e o Credit Suisse, nos dias 23, 24, 29, 30 e 31 de Janeiro de 2008". 
 
As operações "assentaram em conhecimento de informação privilegiada relativa à EDP, a qual apenas viria a ser tornada pública após o fecho do mercado bolsista de 28 de Janeiro de 2008". 
 
"Nos termos da acusação foram obtidas mais-valias para a carteira própria do BES no valor de 5.951.400 euros, com a prática do ilícito, razão pela qual o MP requer que esse montante seja declarado perdido a favor do Estado", refere a PGR.