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TAP adopta "medidas excepcionais" para compensar trabalhadores

24 jul, 2014

Em causa está o trabalho extraordinário realizado desde o início de Junho para atenuar o impacto das perturbações na companhia junto dos passageiros.

TAP adopta "medidas excepcionais" para compensar trabalhadores

A TAP vai adoptar "medidas excepcionais e transitórias" para compensar os funcionários pelo trabalho extraordinário realizado desde 1 de Junho para minimizar o impacto das perturbações na companhia junto dos passageiros.

A decisão foi comunicada numa circular enviada esta quinta-feira aos trabalhadores. O presidente da TAP, Fernando Pinto, fala num "sinal de reconhecimento e incentivo por parte do conselho de administração executivo". 
 
Estas medidas vão compensar o pessoal navegante técnico e de cabine e o pessoal de terra. No caso dos pilotos, "o tempo de voo e o tempo de trabalho realizados em folga e em dia de férias alteradas ou interrompidas (por motivo da realização desse trabalho) passam a ser contabilizados com majoração de 100% para efeitos dos respectivos plafonds", refere a circular. 
 
Já o pessoal navegante de cabine (assistentes e comissários de bordo), vão receber "uma hora extra caso essa excedência não ultrapasse 60 minutos, ultrapassando este limite originará o pagamento de duas horas extras". 
 
O pessoal de terra da TAP também terá um acréscimo no pagamento do trabalho suplementar, que será de 75% na primeira hora e de 100% nas horas seguintes em dias úteis; e de 125% na remuneração do trabalho prestado em dia de descanso obrigatório, em dia de descanso complementar e em feriado. 
 
O pessoal de terra terá ainda direito a descanso compensatório de 25% do trabalho suplementar prestado em dias úteis, em dia de descanso semanal complementar e em feriado. 
 
"No caso de o descanso compensatório adquirido não ser gozado até 31 de Dezembro de 2015, a empresa e o trabalhador poderão optar pelo pagamento da retribuição correspondente, em substituição do gozo efectivo", refere a circular.

Fernando Pinto reafirma que "por efeito acumulado de um conjunto de factores imprevisíveis e fora do controlo da gestão, a operação da TAP vem sofrendo uma irregularidade fora dos padrões da companhia, o que tem obrigado a uma utilização mais intensiva dos trabalhadores, em especial os que estão mais envolvidos com a operação diária".  
 
De acordo com o presidente da TAP, "esse esforço tem contribuído de forma decisiva para minimizar as consequências para os passageiros, atenuando o impacto negativo sofrido, e é determinante para consolidar os sinais de normalização que são já visíveis".