Défice pior do que no ano passado

O défice orçamental atingiu os 4.192 milhões de euros em Junho, mais 149 milhões do que no mesmo semestre de 2013, segundo informações oficiais divulgadas esta quarta-feira.

O Ministério das Finanças afirmou esta quarta-feira, num comunicado que antecede a síntese da execução orçamental que a Direcção-Geral do Orçamento vai publicar também esta quarta-feira, que esta "deterioração" do défice das administrações públicas se deve ao efeito sobre a despesa resultante do pagamento do subsídio de férias (que em 2013 ocorreu em Novembro) e ao efeito do aumento das remunerações em resultado da decisão do Tribunal Constitucional, bem como o aumento do pagamento de juros.

A despesa do Estado aumentou 4,2%, muito à custa dos salários e subsídios de férias que tiveram de ser pagos. A despesa com pessoal subiu mais de 8% quando comparada com os primeiros seis meses do ano passado.

Já o saldo primário das administrações públicas, que exclui os encargos com a dívida pública, ascendeu aos 4.625 milhões de euros até Junho, um valor acima do verificado no período homólogo (4.418,2 milhões de euros).

Mais receita fiscal
O Estado arrecadou no primeiro semestre do ano mais de 17 mil milhões de euros líquidos em receita fiscal, o que representa um aumento de cerca de 711 milhões face ao montante amealhado em igual período de 2013.

A receita fiscal líquida acumulada no Estado ascendeu a 17.129 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 4,3% em termos homólogos.

"Este crescimento supera o objectivo inscrito no Orçamento do Estado para 2014", recorda o ministério.

Até Maio, o Estado tinha arrecadado 14.624 milhões, um aumento de 3,4% face ao montante amealhado em igual período de 2013. Os 160 milhões de euros conseguidos com a Contribuição sobre o Sector Bancário também contribuiram para este resultado.