11 jul, 2014
O Banco Espírito Santo (BES) diz ter uma folga financeira de 2,1 mil milhões de euros acima do rácio mínimo regulamentar para fazer face a eventuais perdas resultantes da exposição ao Grupo Espírito Santo (GES).
A posição foi manifestada, esta quinta-feira à noite, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), depois de um dia marcado por fortes perdas das acções do banco.
“O Banco Espírito Santo detinha em 31 de Março de 2014, em base consolidada e considerando o montante do aumento de capital realizado em Junho, um buffer de capital de 2.1 mil milhões de euros acima do rácio mínimo regulamentar Common Equity Tier I (8%)”, indica a nota divulgada no site do regulador do mercado de capitais.
A instituição bancária ainda está à espera da publicação do plano de reestruturação do GES, para “poder estimar potenciais perdas associadas à exposição ao Grupo Espírito Santo”.
“A comissão executiva do Banco considera que as potenciais perdas resultantes da exposição ao Grupo Espírito Santo não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital regulamentares”, salienta o comunicado.
Numa mensagem que procura tranquilizar os mercados e os clientes, “o Banco Espírito Santo compromete-se a não aumentar a exposição total ao Grupo Espírito Santo.”
O BES detalha que, até 30 de Junho do corrente ano, detinha uma exposição ao Espírito Santo Financial Group (ESFG) e às suas subsidiárias no valor de 858,1 milhões de euros, relacionados com crédito e aplicações e disponibilidades em instituições de crédito.
"Relativamente às exposições à Rioforte e subsidiárias, o montante total de 224.3 milhões de euros respeita na quase totalidade a crédito concedido", refere o Banco Espírito Santo.
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