É mais uma medida da “troika” a ser aplicada. O fim das “golden share” do Estado na Portugal Telecom, na Galp e na EDP já está publicada em Diário da República.
“O fim das ‘golden shares’ significa que o seu titular – ou seja, o Estado – passa, na medida em que se mantenha no capital das empresas, a ter os mesmos direitos que qualquer outro accionista da respectiva categoria. Se, concomitantemente com a extinção dos direitos especiais, o Estado resolver alienar essas ‘golden shares’, torna-se definitivo que o Estado deixa de poder intervir por essa forma sobre a gestão das empresas em aspectos porventura fundamentais da sua actividade”, explica à
Renascença Cruz Vilaça, especialista em Direito Comunitário.
A partir de agora, decorre a formalização dessa mudança ao nível das empresas. Hoje à tarde, há assembleia geral de accionistas da PT. Os trabalhadores, por seu lado, temem pela manutenção dos postos de trabalho e não entendem o congelamento de salários.
“Tendo em conta que é uma empresa com os lucros que são conhecidos e que, mais uma vez, não há muito tempo, houve uma divisão de dividendos para os accionistas, não faz sentido algum que venha dizer que não tem condições para aumentar os trabalhadores”, critica António Caetano, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audivisual (Sintave), que promove a manifestação marcada para logo à tarde à hora da assembleia geral de accionistas.
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