05 mai, 2014
A "saída limpa" de Portugal do programa da "troika" é "um sucesso" para o país, afirma o presidente da Comissão Europeia, que no início do ano tinha defendido um programa cautelar.
"Com uma 'saída limpa', Portugal vai agora andar pelo próprio pé. Este não é apenas um sucesso para Portugal, mas um sucesso para a Europa", disse Durão Barroso, esta segunda-feira, em Bruxelas.
Este desfecho, salientou o antigo primeiro-ministro, "é possível graças à aplicação rigorosa do programa nos últimos três anos que produziu resultados impressionantes".
A Comissão Europeia vai continuar ao lado de Portugal após o fim do resgate, garantiu Durão, após a reunião do Eurogrupo, onde a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, formalizou o anúncio sobre a opção de sair do programa de assistência sem qualquer linha cautelar.
Em Janeiro, Durão Barroso tinha defendido que, após o programa da “troika”, Portugal devia seguir um programa cautelar, ou seja, um regresso aos mercados com assistência dos parceiros europeus. Na altura, referiu que "o programa cautelar com certeza que garante mais confiança, mais segurança. À partida, será a melhor opção".
Nas declarações desta terça-feira, o antigo primeiro-ministro sublinhou que os “sacrifícios” e o “esforço notável” dos portugueses “valeram a pena” e elogiou a “determinação do Governo”.
“O mais importante agora é pensarmos que não se deve deitar a perder este esforço, não se deve permitir que os ganhos, nomeadamente para as próximas gerações, fiquem comprometidos com comportamentos que podem pôr em risco o esforço já alcançado, que se voltem a cometer os erros que levaram à situação que determinou a intervenção, a pedido de Portugal, da União Europeia”, defende Durão Barroso.
O presidente da Comissão Europeia renovou o apelo a um consenso entre os partidos para evitar problemas no futuro.
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