Emissão Renascença | Ouvir Online

Passos diz que se uma linha cautelar fosse utilizada “virava programa formal"

23 abr, 2014

O primeiro-ministro diz que um eventual programa cautelar seria “um mecanismo de seguro que não é suposto utilizar”.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assinalou esta quarta-feira que, se Portugal recorresse a uma linha cautelar, não seria suposto utilizá-la, afirmando que, caso contrário, essa linha “virava programa formal”, semelhante ao actual programa de resgate.

Pedro Passos Coelho falava durante uma conferência sobre o chamado pós-troika, promovida pelo “Diário Económico”, num hotel de Lisboa, após ter referido que o executivo PSD/CDS-PP está a ponderar “os prós e os contras” de recorrer ou não a uma linha cautelar e anunciará a sua decisão “antes de dia 5 de Maio”.

A este propósito, dirigiu-se aos que apontam uma linha cautelar como garantia de acesso a financiamento.

O primeiro-ministro contrapôs que se trata de “um mecanismo de seguro que não é suposto utilizar”, acrescentando: “se isso acontecesse, a condicionalidade dessa linha cautelar virava programa formal. Portanto, voltaríamos a ter um programa, exactamente como tivemos nestes últimos três anos - é automático”.

Segundo Passos Coelho, “tudo isto terá de ser ponderado e está a ser ponderado pelo Governo”.