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Menos empresas declararam insolvência este ano

24 dez, 2013

Presidente da PME Portugal diz ser resultado de uma maior compreensão de banca sobre a necessidade de crédito das pequenas e médias empresas.

O número de insolvências caiu pela primeira vez desde o início da crise. Em 2013, o número de empresas declaradas insolventes caiu 10%, uma tendência que compensa o aumento de 4% nas falências de particulares.

Desde Janeiro, os tribunais decretaram 18.500 falências, o que significa um recuo de 0,7% face ao mesmo período do ano passado. Um dado que constitui uma inversão de tendência – pela primeira vez desde 2008, desceu o número de insolvências em Portugal.

Dados do Instituto Informador Comercial revelam que as falências de particulares subiram 4%, mas este valor foi compensado com a descida de 10% no número de empresas que se declararam insolventes. Em valores totais, quase 13 mil das 18 mil insolvências dizem respeito a particulares. Em 2012 tinham sido quase 12 mil e quinhentas.

Quanto às empresas, desde Janeiro, 5.608 declararam falência. No ano passado foram mais de 6 mil e duzentas.

Os sectores onde o recuo se fez sentir de forma mais acentuada foram a indústria automóvel e a produção de equipamento eléctrico. O comércio a retalho liderou as falências judiciais.

Das 20 regiões analisadas, Bragança é o distrito onde o número de insolvências mais subiu, e Portalegre aquele em que este valor mais desceu. O Porto mantém o estatuto de região mais afectada. O segundo lugar pertence a Lisboa.  

São números do Instituto Informador Comercial, avançados esta terça-feira no jornal “Público”. 

Numa primeira reacção, o presidente da PME Portugal, Alves da Silva, diz ser resultado de uma maior compreensão de banca sobre a necessidade de crédito das pequenas e médias empresas.

“Foi basicamente o acesso ao crédito e sobretudo a compreensão por parte do sistema financeira de que o credito às PME, sobretudo até às microempresas, é mais seguro do que o crédito às grandes empresas”, aponta Alves da Silva.