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Gaspar garante que a austeridade não é imposta pela "troika"

07 mai, 2013 • Daniel Rosário, em Bruxelas

Responsável pelas Finanças portuguesas está em Bruxelas. Embora mantendo-se fiel ao papel de bom aluno, aproveitou a ocasião para deixar um apelo, ainda que numa formulação vaga. Saiba o que disse Vítor Gaspar.

Gaspar garante que a austeridade não é imposta pela "troika"
Depois de Paulo Portas ter criticado abertamente os chamados "senhores da 'troika'", o ministro das Finanças aproveitou a presença em Bruxelas para deixar bem claro que, do seu ponto de vista, nem a Comissão Europeia nem a "troika" são responsáveis pela austeridade que o Governo está a impor em Portugal.

"As necessidades de consolidação orçamental em Portugal não são impostas pela Comissão Europeia nem pela 'troika' - são impostas por realidades orçamentais e financeiras. Devemos procurar alcançar o equilíbrio orçamental e a sustentabilidade das finanças públicas", afirmou Vítor Gaspar à margem de uma conferência sobre a união económica e monetária na capital belga.

Embora mantendo-se fiel ao papel de bom aluno, Vítor Gaspar aproveitou a ocasião para deixar um apelo, ainda que numa formulação vaga.

"A União Europeia tem que permitir que os seus Estados-membros possam proporcionar os bens sociais que os seus cidadãos exigem. E se me permitem fazer um apelo, basta olharmos para o aumento dramático do desemprego juvenil, em particular nos países sob programa, para perceber exactamente o que é que este apelo significa na prática", disse.

Mais concreta foi a declaração do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que na mesma conferência sobre o aprofundamento da União Económica e Monetária afirmou que o que se vive não é uma crise do euro, mas uma crise económica e financeira de alguns dos seus membros, que acabam por ter impacto na moeda única.