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Eurogrupo dá mais sete anos a Portugal para pagar empréstimo

12 abr, 2013 • Daniel Rosário, em Dublin

Intervenção de Vítor Gaspar terá convencido os parceiros europeus, apurou a Renascença.

Eurogrupo dá mais sete anos a Portugal para pagar empréstimo
O presidente do Eurogrupo disse hoje, em Dublin, esperar que o Governo português chegue a acordo "nas próximas semanas" com a 'troika' sobre novas medidas que compensem as que foram chumbadas pelo Tribunal Constitucional, de modo a "fechar" a sétima avaliação. O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, saudou "o acordo alcançado para a extensão das maturidades em relação a Portugal e à Irlanda".
Os ministros das Finanças da Zona Euro aceitaram, esta sexta-feira de manhã, em Dublin, prolongar em sete anos as maturidades dos empréstimos europeus recebidos por Portugal e pela Irlanda.

A implementação da decisão está sujeita a uma série de condições, entre as quais a respectiva ratificação parlamentar em alguns países, como a Alemanha, onde terá que receber a luz verde do Bundestag (Parlamento alemão).

Portugal tem ainda que adoptar medidas que compensem o chumbo do Tribunal Constitucional.

Graça Franco, directora de informação da Renascença e especialista em economia, explica que esta é uma medida que facilita a vida ao Governo, mas não elimina a pressão: "Antes da crise estávamos a endividar-nos na ordem dos 12 mil milhões por ano, a partir de agora vamos ter de conseguir entre 2015 e 2020 qualquer coisa como 20 mil milhões, apesar desta maturidade acrescida. Portanto a pressão vai-se manter mais vai-se tornar um bocadinho mais fácil de gerir".

Agora, considera esta comentadora, POrtugal terá de mostrar à "troika" que as reformas estão bem encaminhadas: "vamos ter de dar garantias que a reforma estrutural da nossa economia será feita, porque sem isso não conseguimos nem melhorar o rating, nem condições de regresso aos mercados que são essenciais a partir de agora".