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Poiares Maduro: Portugal não é a Grécia porque o Governo não é como o PS

24 jun, 2015 • Raquel Abecasis

Em entrevista à Renascença, o ministro adjunto recupera primeira reacção do PS à vitória do Syriza para dizer que foi a receita de austeridade que recuperou "credibilidade" do país.

Poiares Maduro: Portugal não é a Grécia porque o Governo não é como o PS
O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, não tem dúvidas de que Portugal "está ao abrigo do que possa vir a ocorrer com a Grécia ou no plano internacional". Portugal concentrou-se "em recuperar a credibilidade", o que lhe valeu acusações "de ser mais 'troikista' que a troika".
O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, não tem dúvidas de que Portugal "está ao abrigo do que possa vir a ocorrer com a Grécia ou no plano internacional". E diz porquê: o país concentrou-se "em recuperar a credibilidade", o que lhe valeu acusações "de ser mais 'troikista' que a troika".

"Se Portugal tivesse seguido o que o doutor António Costa defendeu, que foi dizer, logo com a eleição do Syriza, que aquele era um sinal de mudança e de força para seguir a mesma linha; se Portugal se tivesse colocado na situação de dizer 'Nós estamos na posição da Grécia, nós defendemos as mesmas posições', que levaram a Grécia a perder credibilidade, e entretanto a situação na Grécia terminasse num incumprimento ou num evento de crédito, Portugal estaria muito mais exposto", defende o ministro.

Em entrevista ao Terça à Noite da Renascença, Maduro fez questão de sublinhar que Portugal não só está hoje muito distante da situação na Grécia, como tem hoje condições únicas para poder propor soluções vantajosas no seio na União Europeia, como, garante, já está a acontecer.

"Não telefono a jornalistas"
O Governo está disponível "para pagar o custo de fazer política de uma forma muito mais saudável", afirma Poiares Maduro, referindo-se ao facto de o executivo ser acusado de não saber comunicar.

Maduro tem outra visão: o Governo tem "uma cultura mais saudável" do que outros do passado no que toca à "relação entre os políticos e os jornalistas". Diz que não compete aos membros do Executivo "pressionar os jornalistas para que certa notícia seja colocada ou [perguntar] por que é que certa notícia não foi colocada no alinhamento".

O ministro responsável pela coordenação política do Governo diz que esta não é a sua forma de comunicar: "Não telefono a jornalistas porque acho que isso não é correcto. Limito-me a responder ao que me perguntam."