21 abr, 2015 • Raquel Abecasis
O próximo Presidente da República deve estar “em posição central no sistema de partidos português”, para poder gerir uma crise política que venha a resultar de uma frágil solução governativa, afirma Marcelo Rebelo de Sousa em declarações ao programa “Terça à Noite” da Renascença.
De acordo com o comentador e possível candidato presidencial, o próximo chefe de Estado tem que ter “uma posição de diálogo e abertura para os dois quadrantes fundamentais da vida política portuguesa”.
É também por causa disso que Marcelo Rebelo de Sousa reitera, nesta entrevista à Renascença, que a apresentação de candidaturas deve ser feita depois das legislativas.
“Quem quer que venha a ser candidato, no que se costuma rotular de centro-direita, tem de avançar com uma candidatura independente. Não pode ser um candidato de um partido nem de uma coligação”, defende o antigo líder do PSD.
Numa entrevista em que se falou dos 40 anos da Assembleia Constituinte, da qual fez parte, Marcelo Rebelo de Sousa defende a manutenção do essencial da Constituição e também do Tribunal Constitucional, embora considere que este foi prejudicado, porque “acabou por se pedir ao Tribunal Constitucional que arbitrasse entre os dois maiores partidos”.