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Mudanças no turismo e pouco mais em Sintra

16 set, 2013 • Paula Caeiro Varela

A Renascença apresenta reportagens sobre os dez dos mais importantes concelhos do país. Esta segunda-feira, propõe uma viagem a um concelho à beira da capital, que mistura a história a o turismo, as aldeias à beira da praia e os populosos dormitórios do IC 19.

Sintra é o segundo concelho mais populoso do país e onde se vive uma disputa autárquica com onze candidatos. PS e PSD jogam alto com, Basílio Horta e Pedro Pinto a tentarem ganhar o lugar até gora ocupado por Fernando Seara, que chegou ao limite de mandatos e deu o pulo para uma candidatura a Lisboa.

A baralhar as contas dos maiores partidos estará Marco Almeida, actual número dois de Seara.

O presidente cessante diz com frequência que deixa a autarquia sem dívidas em atraso e com um prazo muito curto de pagamento a fornecedores. Mas os sintrenses dizem que pouco ou nada mudou para os eu dia-a-dia nos 12 anos de Seara. A não ser no turismo.

Os turismos são sobretudo estrangeiros, 90 por cento e, no ano passado, a “Parques-Sintra Monte da Lua”, empresa que gere quase todo o património público da Serra de Sintra, gerou cerca de 12 milhões de euros. Mas não há lucro para os accionistas, Estado e Câmara, tudo é reinvestido em recuperação, manutenção do património e funcionamento da empresa.

Com tudo o que traz à economia do concelho, o seu presidente, António Lamas, lamenta que não seja mais e melhor a articulação com a autarquia.
Os transportes, o trânsito, o estacionamento são o ponto fraco, que não muda há anos. Ainda, assim, há quem enfrente o trânsito para aproveitar a casa de família e viver à beira da praia. É o caso de Ana, que trabalha em Lisboa e vive em Almoçageme, uma das freguesias rurais do concelho.

A cerca de 20 quilómetros, mas a um mundo de diferença, está Algueirão-Mem Martins, a maior freguesia do país, alguns arriscam dizer que da Europa. É uma das freguesias desta periferia, que serpenteia ao longo do IC-19. Por ali, as queixas são de falta de segurança. Haverá mais polícias, mas ainda assim insuficientes para uma freguesia desta dimensão.

Entre as mudanças, por aqui, Isabel Lopes aponta: as grandes superfícies comerciais que vieram para o concelho, que até criam emprego, mas que deram cabo do comércio tradicional.

Quanto aos onze candidatos, Isabel diz que conhece todos, mas só sabe o nome do homem no panfleto que lhe deixaram no balcão do quiosque e que andou com ela na escola.

Para além de Basílio Horta, Pedro Pinto e Marco Almeida, disputa eleitoral em Sintra conta ainda com Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, Pedro Ventura, da CDU, João Massena, do Partido Trabalhista, António Laires, do MRPP, José Lucena Pinto, do PNR, Nuno Azevedo, do Partido pelos Animais, Nuno da Câmara Pereira, da Nova Democracia, e o independente António Barbosa de Oliveira.