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Bispos portugueses em "sintonia" com atitude de acolhimento de homossexuais

14 out, 2014 • Paula Costa Dias

Atitude tem de ser de inclusão, embora "uma família" seja "sempre constituída, no núcleo, por um homem e uma mulher". E "nada muda nesse princípio fundamental."

O porta-voz da Conferencia Episcopal Portuguesa (CEP) disse esta terça-feira que a atitude da Igreja portuguesa para com os homossexuais tem de ser de acolhimento. A mesma atitude deve ser tomada também em relação aos divorciados e recasados, disse o padre Manuel Barbosa.

No final desta reunião do Conselho Permanente, o porta-voz do CEP revelou que o relatório intercalar do sínodo da família, que causou polémica, não foi analisado pelos bispos portugueses. A CEP preferiu relegar para a próxima assembleia plenária essa reflexão.

Ainda assim, o porta-voz da CEP afirmou que a atitude tem de ser de acolhimento e inclusão, embora, defendeu, "uma família" seja "sempre constituída, no núcleo, por um homem e uma mulher. Nada muda nesse princípio fundamental."

"Em relação à Igreja, a atitude é de acolhimento, não de aceitação pura e simples, mas de acolhimento e de ver como devemos atender e acolher essas situações concretas. A Igreja em Portugal está em sintonia com esta posição", considera.

E a mesma atitude tem de ser tomada em relação aos divorciados e recasados: "Numa linha inclusiva, de acolhimento. Não pode ser numa linha de rejeição pura e simples, não se pode rejeitar ninguém. Tem de ser acolhida na variedade da sua forma de ser, ou de estar. Não é só pelo Papa Francisco nos ter apelado para isso, mas a atitude tem de ser de inclusão."

O padre Manuel Barbosa revelou ainda acreditar que será possível alcançar o consenso sobre estas questões no sínodo da família.

O sínodo, onde se encontra o Patriarca de Lisboa e presidente da CEP, D. Manuel Clemente, decorre até ao próximo dia 19, em Roma.

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