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No Sínodo também se fala de sexo

08 out, 2014 • Aura Miguel, no Vaticano

Casal australiano Ron e Mavis falou do matrimónio como um "sacramento sexual".

No Sínodo também se fala de sexo

No Sínodo dos Bispos sobre a família não falam só os bispos. O Papa pediu franqueza nos discursos e os trabalhos têm sido abertos com a intervenção de casais e esta terça-feira falou-se do matrimónio e de espiritualidade, mas também de sexo.

Há já quem diga que, dentro da aula sinodal, os casais estão a roubar protagonismo aos bispos e aos cardeais. É que, se o foco está centrado na família - e se o Papa pediu a todos franqueza no falar e humildade no escutar –, agora os trabalhos começam sempre com a intervenção de um casal. E os casais falam abertamente das suas realidades e problemas. Incluindo sexo.

Ron e Mavis falaram do matrimónio como um “sacramento sexual” e garantem que, se um casal não fizer a ligação entre espiritualidade e união sexual, nunca poderá entender a beleza dos ensinamentos da encíclica “Humanae Vitae”.

Avós de oito netos, este casal australiano também focou algumas das actuais tensões e dificuldades em saber articular a verdade, com situações complexas que exigem misericórdia, como, por exemplo, a homossexualidade ou vidas familiares desarticuladas e caóticas.

Alice e Jeff queixaram-se da inabilidade que há, nos Estados Unidos, para propor a verdade e a beleza do casamento como um dom de Deus e não apenas como uma instituição humana.

George e Cynthia, das Filipinas, muito empenhados na paróquia e em movimentos de apoio à família, avançaram com uma iniciativa para acompanhar casais em situação irregular, mas tiveram de desistir por falta de apoio da paróquia e de outros casais católicos.

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