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Ribeiro Cristóvão

Resta a Taça de Portugal

03 mar, 2015

Para quem chegou a alimentar sonhos por muitos considerados impossíveis, estes sucessivos desaires representam um autêntico murro no estômago de uma política de crescimento que parece ter sido, afinal, mal delineada e pior executada.

Num curto espaço de tempo esboroaram-se várias hipóteses de o Sporting concluir uma temporada de sucesso. Não foi necessário sequer um mês para que a equipa ficasse afastada da Taça da Liga, da Liga Europa e do Campeonato Nacional.

Sobra a Taça de Portugal, na qual os leões voltam a estar presentes, já na próxima quinta-feira, deslocando-se ao Funchal para ali defrontar o Nacional da Madeira em jogo da primeira mão das meias-finais daquela competição.

Para quem chegou a alimentar sonhos por muitos considerados impossíveis, estes sucessivos desaires representam um autêntico murro no estômago de uma política de crescimento que parece ter sido, afinal, mal delineada e pior executada.

Um plantel curto para responder à fixação de objectivos desmesurados poderá ser uma primeira resposta para a frustração que começa a ganhar contornos muito alargados.

De facto, avançar de peito feito, em Agosto passado, anunciando o propósito de conquistar o título de campeão sem curar de acautelar a retaguarda com mais-valias capazes de dar garantias reais, foi uma temeridade que está a custar caro, numa altura em que a época ainda nem sequer atingiu o último terço.

Depois, no mercado de Inverno, quando ainda tudo estava em aberto em todas as frentes possíveis, os cordões da bolsa não se abriram, não sendo por isso possível recrutar mais do que um jogador, Ewerton, que, como se não bastasse chegou, impedido por lesão, de iniciar de imediato funções.

A juntar a tudo isto, diversos erros de gestão também acabaram por contribuir para a situação desconfortável que atinge os sócios e adeptos do Sporting por esta altura.

Resta a Taça de Portugal, que passou agora a apresentar-se como a salvação da temporada.