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Ribeiro Cristóvão

Em que ficamos?

28 jan, 2015

Parece assim ter sido premonitória a chamada de atenção feita no sentido de considerar que Bruno Paixão não seria o árbitro mais recomendado para dirigir um desafio tão importante e, porque não, decisivo.

O jogo realizado no estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira, onde a equipa local levou de vencida o Benfica em circunstâncias que não casaram muito com as previsões, não ficou marcado por qualquer tipo de polémica, tão adequada pareceu a vantagem conseguida pelos “castores” sobre um Benfica estranhamente ineficaz, e sem capacidade para se motivar com a derrota sofrida na véspera pelo FC Porto no estádio dos Barreiros, no Funchal.

Mas sobraram desse jogo da Mata Real algumas decisões relevantes que têm merecido farta apreciação de especialistas, ainda que se possa considerar que acabaram por não ter qualquer influência no desfecho desse jogo electrizante.

As duas penalidades assinaladas e transformadas com resultados diversos, têm sido objecto de análises, quase todas coincidentes. Ou seja, ofereceu dúvidas a penalidade falhada por Lima e que bem poderia, em caso de sucesso, ter dado outra feição ao jogo, é inatacável a que favoreceu a equipa da capital do móvel e lhe permitiu assegurar a conquista de três pontos.

Fica apenas explicar a quem ficou a dever-se a decisão, uma vez que do árbitro Bruno Paixão não saiu qualquer sinal nesse sentido, o mesmo podendo referir-se em relação seu assistente. Com ambos muito chegados ao lance faltoso, foi necessária a intervenção do distante quarto árbitro para que a bola seguisse para a marca fatal, o que é no mínimo curioso e, ainda por cima, inédito.

Por tudo isto, que juízo devemos fazer de um árbitro que já nos habituou aos maiores despautérios e que, por acréscimo, resolveu prolongar estranhamente o jogo por cerca de oito minutos, quando nada o justificava?

Parece assim ter sido premonitória a chamada de atenção feita no sentido de considerar que Bruno Paixão não seria o árbitro mais recomendado para dirigir um desafio tão importante e, porque não, decisivo.