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Ribeiro Cristóvão

Haja taça

21 nov, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Nada obste a que haja neste fim-de-semana festa da Taça. Porque, mesmo que não venha a haver tomba-gigantes, como diz o anúncio, “não há festa como esta”.

Trinta e duas equipas perfilam-se para entrar na roda que vai andar durante três dias, embelezando a mais romântica competição do calendário do futebol português, a Taça de Portugal.

E todas carregam consigo o sonho de poderem seguir em frente, ainda que em vários casos tenham de medir forças com potências claramente mais capazes e por isso difíceis de surpreender.

À cabeça deste grupo de ousados combatentes que travam aqui a grande batalha das suas vidas, está o Sporting de Espinho.
Cabe-lhe defrontar o Sporting Clube de Portugal e logo numa altura em que os “tigres da Costa Verde” andam muito distantes das luzes da ribalta.

Destes espinhenses pouco se tem falado até aqui.
Militam apenas no Campeonato Nacional de Séniores (equivalente à antiga terceira divisão), recuaram aos tempos da sandes e do “pirolito” como prémio de jogo, o profissionalismo não tem cabimento na cidade de Espinho, o seu último lugar na Série C carrega ainda mais as nuvens do futuro.

Para acrescentar a tudo isto, o jogo e a festa vão ser transferidos para Santa Maria da Feira, dada a situação deplorável a que chegou o estádio Manuel Violas.
Um saco repleto de males que deixa cabisbaixos os adeptos espinhenses: tantos anos volvidos sobre tempos mais grandiosos, e será afinal necessário jogar, por uma vez, em casa alugada.

Mas, apesar de tudo isto, que nada obste a que haja neste fim-de-semana festa da Taça.
Porque, mesmo que não venha a haver tomba-gigantes, como diz o anúncio, “não há festa como esta”.