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Cameron centra atenções em Riga

22 mai, 2015 • Anabela Góis

As posições negociais do Reino Unido perante a União Europeia, que David Cameron ensaiou na Cimeira de Riga, são o maior destaque de hoje na Imprensa internacional.

O “Público” diz que David “Cameron vai cortar benefícios aos imigrantes da União Europeia”. É uma das medidas do pacote para tornar o Reino Unido menos atractivo à imigração legal e ilegal. O Primeiro-ministro britânico diz que pretende limitar a entrada de cidadãos da União Europeia no país reduzindo os benefícios sociais a que se podem candidatar.

O mesmo tema no “i”, que fala num “David Cameron radical contra a imigração ilegal”. O plano do Governo de Londres para controlar e imigração inclui a renegociação, com a União Europeia, das directrizes em termos de imigração. Este último ponto – diz o jornal – faz parte do objectivo de Cameron de garantir novas reformas na União Europeia antes de convocar o prometido referendo sobre a continuação do Reino Unido no bloco europeu.

A “Reuters” diz que o chefe do Governo britânico levou os pedidos de reformas na União para a cimeira que decorre em Riga, na Letónia. Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu disse à agência de notícias que não espera negociações mais duras do que o habitual, porque as negociações com Cameron são sempre difíceis.

O “The Guardian” diz que Cameron aterrou em Riga com a missão de pressionar a União Europeia a avançar com reformas. O Primeiro-ministro britânico admite que haverá  "altos e baixos", mas diz que está empenhado em dar povo britânico "uma escolha adequada no referendo”.
 
Ainda a Cimeira de Riga, com o “Wall Street Journal” a dizer que a União Europeia oferece solidariedade aos parceiros de leste mas pouco mais.

No “Negócios” ficamos a saber que “Portugal cortou mais aos pobres do que a Grécia e a Irlanda”. A conclusão é de um relatório da OCDE que “revela que o nosso país se destaca nos cortes de apoios a famílias extremamente pobres”.

No “Diário de Notícias” é destaque Francis Fukuyama, que ontem esteve em Lisboa para falar de democracia na Europa. O pensador norte-americano diz que as instituições políticas europeias estão a evoluir num sentido semelhante ao dos Estados Unidos em que prevalece uma forte bipolarização partidária e se assiste a uma paralisia entre os principais órgãos de poder.

Ainda no “DN”, mais uma polémica a envolver o ministro grego das Finanças: Yanis Varoukfakis terá gravado ilegalmente uma reunião do Eurogrupo. O caso foi denunciado pelo “The New York Times”.