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França, Itália e Bélgica preocupam Bruxelas mais que Portugal

28 nov, 2014 • Anabela Góis

A Comissão Europeia explica hoje o que pensa sobre o Orçamento de cada Estado-membro para o próximo ano. Há três economias que preocupam mais que as outras.

Por cá, o “Público” dá grande destaque aos pareceres que a Comissão Europeia hoje divulga sobre os projectos de orçamento para 2015 dos Estados-membros. Diz o jornal que “Portugal evita penalizações europeias por causa do seu orçamento, mas é um dos países alvo de um aviso em relação às suas metas”. Sobre o mesmo assunto, o francês “Le Monde” diz que a Comissão não vai dar parecer negativo à proposta de Orçamento para 2015, mas acredita que “a França deve tomar medidas adicionais” para reduzir o défice.

O “Financial Times” escreve na primeira página que o presidente da Comissão Europeia Jean Claude-Juncker admite estar arrependido de se ter envolvido nos benefícios ficais às grandes empresas quando era primeiro-ministro do Luxemburgo. “Protesto antifraude fiscal marca chumbo da censura a Juncker” diz o “Diário de Notícias” que adianta que os eurodeputados portugueses se juntaram ao protesto durante a votação da moção de censura, que foi apresentada por eurocépticos e extrema-direita.

O “DN” dá também espaço ao protesto na Grécia, contra as novas medidas de austeridade exigidas pela troika. A 32ª greve desde 2010 paralisou o país escreve o jornal.

No “Sol” podemos ler: “Crescimento regado euro a euro”. Em causa, o ambicioso pacote de investimento prometido pelo presidente da Comissão Europeia, mas que segundo este semanário levanta muitas dúvidas aos eurodeputados: “muitos duvidam que os fundos possam servir de regador ao crescimento económico”.

O “Sol” recupera, ainda, a visita do Papa Francisco a Estrasburgo e escreve em título “Desperta, avó Europa”.
 
O Britânico “The Times” diz que David Cameron se prepara para prometer uma repressão dura contra os apoios da Segurança Social para tornar o Reino Unido um destino menos atraente para os imigrantes.

Mas, ao que conta o jornal, o Primeiro-ministro inglês vai resistir aos apelos para limitar a imigração dos países da União Europeia. O “Wall Street Journal” escreve em título que a Europa tem os gigantes da net na mira. Diz este diário que França e Alemanha – as duas maiores economias do continente - e o parlamento Europeu querem apertar a regulação ao Google, à Apple, ao Facebook e à Amazon. O “New York Times” diz que o ressentimento contra o Google atingiu um novo nível de ruído. O Parlamento Europeu aprovou ontem um parecer que dividir o Google em dois. Uma espécie de Google europeu à parte do restante, para que o Direito a ser esquecido que agora vigora apenas na Europa passe a ser efectivo em qualquer parte do mundo.