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UE não comenta “caso Sócrates”

25 nov, 2014 • Anabela Góis

A prisão preventiva de José Sócrates não chegou a incomodar a Comissão Europeia. Bruxelas lembra que não há verbas comunitárias envolvidas, por isso não comenta. No plano económico, vários temas dominaram a Imprensa desta manhã.

A notícia do dia em Portugal – a prisão de José Sócrates - chegou a Bruxelas, mas não mereceu comentários. Ao que conta hoje o “Diário de Notícias”, “A Comissão Europeia, liderada por Jean Claude Juncker, escudou-se na ideia de que não se envolve em procedimentos nacionais que não estejam directamente relacionados com dinheiro ou actividades da União Europeia” e, por isso, não fez comentários sobre o processo que envolve o antigo Primeiro-ministro português.
 
Ainda no “DN” podemos ler que há um “Plano de 315 milhões para ajudar na retoma da União Europeia”. Mas o presidente da Comissão Europeia precisa da luz verde dos 28 antes de avançar com a sua apresentação, o que deverá acontecer já amanhã.
 
O “Público” puxa para a primeira página “Portugal foi o país da troika que recorreu menos ao corte na despesa para corrigir o défice”, e adianta que, entre 2010 e 2015, 52,6% da redução do défice nacional foi conseguida pelo lado da despesa. Na Irlanda foi de 98%.

O “Jornal de Negócios” fala da reunião – hoje e amanhã – entre representantes do Governo grego e da troika. Um encontro na sede da OCDE – em Paris - para tentar resolver o impasse relativo ao futuro do programa de resgate.

Grande destaque no “Diário Económico” para a campanha de charme da União Europeia que arranca sexta-feira em Portugal. Uma iniciativa que visa explicar aos cidadãos como Bruxelas contribui para melhorar o empreendedorismo e inovação. Conta o jornal que esta campanha é um exemplo que ajuda a despertar para a importância que a Europa tem para nós.

Na última página do “Jornal de Notícias”, espaço para a moção de censura de que foi alvo o novo presidente da Comissão Europeia. O título é uma citação de Jean Claude Juncker que não deixa margem para dúvidas: “Se querem que eu vá embora, digam que eu vou”.

Na primeira página do “New York Times” uma reportagem sobre o campo de refugiados de Melilla, em Espanha, abre caminho a uma outra problemática: com a chegada quase diária de imigrantes ilegais que querem entrar na União Europeia “onde é que a Europa hoje começa?”.
 
No espanhol “El Pais” merece destaque a OCDE, que adverte para o risco de deflação na Zona Euro. O clube dos países mais industrializados – adianta o jornal – sugere ao BCE que compre até 700 mil milhões de títulos públicos. A mesma notícia no “Le Monde”, com um título diferente. O jornal Francês diz que a OCDE dá razão a Paris e mostra-se preocupada com a vulnerabilidade da zona Euro, exposta a um elevado risco de recessão ou “estagnação persistente”.

No “Corriere della Sera” a visita-relâmpago do Papa a Estrasburgo. O jornal italiano diz que Francisco vai falar da família, do desemprego, das raízes religiosas da Europa e, ainda, da questão dos migrantes.