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Bruxelas torce o nariz ao aumento do salário mínimo

30 set, 2014 • Anabela Góis

“Bruxelas torce o nariz ao aumento do salário mínimo” em Portugal. Promete analisar a situação em Outubro e ver se é compatível com o objectivo de promover o emprego e a competitividade. A audição de Carlos Moedas também é notícia.

O jornal “i” diz que “Bruxelas torce o nariz ao aumento do salário mínimo” em Portugal. A Comissão Europeia promete analisar a situação em Outubro. De acordo com o porta-voz dos assuntos económicos é preciso avaliar se a medida é compatível com o objectivo de promover o emprego e a competitividade. A partir da mesma resposta, o “Jornal de Negócios” conclui que, para Bruxelas, o aumento do salário mínimo em Portugal é uma medida temporária, isto porque, na nota da Comissão Europeia, lê-se que “logo que tenham todos os pormenores, os serviços de Bruxelas vão avaliar a decisão de aumentar temporariamente o salário mínimo”.

Ainda no “Negócios”, uma proposta do comissário europeu do Emprego: Lászlo Andor sugere a criação de uma espécie de fundo de desemprego comum na Zona Euro para ajudar a pagar os subsídios nos países onde as crises provocam maiores custos sociais. A proposta foi feita em Viena onde o (ainda) comissário alertou para o elevado desemprego que persiste em Espanha, Portugal e Grécia, em contraste com o quase pleno emprego que se vive na Áustria, Holanda e Alemanha.

No “Diário de Notícias” há um título em forma de pergunta: “Engenheiro Moedas, como vai gastar 80 mil milhões de euros?”, que assinala o segundo dia das audições dos eurodeputados aos futuros comissários europeus. Hoje está a ser avaliado Carlos Moedas, o português indigitado para a pasta da Investigação, Ciência e Inovação.

A decisão do Tribunal Constitucional de Espanha - que travou o referendo independentista da Catalunha - é tema de capa em vários jornais. O “New York Times” diz que “duas semanas depois de os escoceses terem votado contra a saída do Reino Unido, há uma nova e mais conflituosa luta pela secessão em curso na Europa”. Adianta o jornal que é possível que os catalães avancem com a consulta, mesmo com a oposição do Governo central, criando uma profunda cisão dentro de Espanha e encorajando outros separatistas da Europa.

No “El Pais”, uma fotografia do Primeiro-ministro espanhol ilustra a primeira página com o título: “Constitucional suspende a consulta e desmonta o plano de Mas” (que é o presidente do Governo autónomo da Catalunha).
 
O ABC escreve “A lei trava Artur Mas”. No “La Razon” “Impõe-se a lei” e, no La Vanguardia, “Tribunal Constitucional suspende a consulta, horas depois do recurso”.
A CNN tem na sua página online uma reportagem sobre o que diz ser “a nova linha da frente da Europa contra o Estado islâmico”. A cadeia norte americana de televisão fala de Melilla, o minúsculo enclave espanhol do norte de África onde todos os dias chegam milhares de ilegais à procura de uma vida melhor na Europa e por onde se receia que entrem também os extremistas da “jihad”. A forte presença policial – com helicópteros militares, veículos blindados e barcos de patrulha – são parte da resposta das autoridades de Espanha.