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Escoceses não quiseram “desunir” o Reino Unido

19 set, 2014 • Pedro Caeiro

O Reino vai continuar Unido. Os escoceses quiseram manter tudo na mesma e votaram maioritariamente contra a independência. O tema domina a imprensa mundial esta manhã.

Já esta manhã, o Primeiro-ministro britânico David Cameron veio dizer que vai cumprir a promessa de dar mais poderes ao Governo de Edimburgo já a partir de Janeiro, poderes que poderão ser alargados à Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte.
Esta manhã, como é óbvio, os resultados do referendo escocês dominam toda a imprensa a nível mundial. Do “New York Times” à revista “Time”, do “Herald” da Escócia à Al-Jazeera. Naturalmente, é o tema de capa em todos os diários britânicos: do “Independent” ao “The Guardian”, passando pelo “Mirror” ou pelo “Daily Mail”.
Depois há jornais como o “Financial Times” ou a revista “Business Week” que analisam já as implicações económicas deste resultado, enquanto, do lado político, a Reuters afirma já que “a Europa respira de alívio com o NÃO escocês”.

À margem do tema forte do dia, há outras perspectivas europeias, com o “The Guardian” a destacar que a Economia irlandesa foi a que mais cresceu na União Europeia. Um dado a ter em conta pelo Governo português, uma vez que Dublin também teve ajuda externa. Nesta altura, a Irlanda cresce 7,7% e recupera fortemente de um período de austeridade. Dublin diz que as notícias mostram que os sacrifícios dos irlandeses, somados às políticas de incentivo às exportações, deram frutos.

Ainda o tema “Rússia” a dar que falar, com o “Telegraph” a citar o “Suddeutsche Zeitung” e essa declaração do Presidente ucraniano Poroshenko à Comissão Europeia. Dele avisou Bruxelas que Vladimir Putin terá ameaçado, em privado, invadir a Polónia, a Roménia e os estados bálticos numa conversa recente. A confirmar-se, é a primeira vez que Putin ameaça invadir algum membro da União Europeia e da NATO.

A terminar, o “The Times of Israel” conta que a União Europeia apelou ao Irão para que coopere com a Agência Internacional de Energia Atómica”. Um pedido feito ontem, na véspera de mais um encontro entre representantes do Governo de Teerão e representantes da ONU. Bruxelas diz que “a cooperação com os inspectores é urgente e essencial”, enquanto o Governo iraniano nega que tenha falhado o prazo imposto para a entrega de informação sobre as suas actividades nucleares àquela agência das Nações Unidas. No encontro, marcado para Nova Iorque, vai estar Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia.