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Escócia: seja "sim" ou "não", nada será como dantes

16 set, 2014 • Pedro Caeiro

A imprensa internacional analisa esta manhã os prós e contras de a Escócia se poder tornar independente. Destaque, ainda, para novas sanções contra a Rússia.

O referendo à independência da Escócia continua a marcar a actualidade. Na BBC, ficam várias perguntas e respostas sobre o que pode acontecer se vencer o “sim”. Hoje é a vez de explicar qual a posição de uma Escócia independente na União Europeia. É claro que não se torna, automaticamente, num Estado-membro, mas a BBC explica os possíveis passos a dar a seguir em termos de tratados, negociações e por aí fora. E há, até, quem defenda o contrário. Ou seja, que, com a independência, a Escócia sai automaticamente da União Europeia. Uma situação defendida por parceiros como Espanha, por causa da questão da Catalunha, e é bom lembrar que, para um país aderir, é preciso que todos aprovem a adesão.

Do outro lado do Atlântico, a Fox News não tem dúvidas: um “sim” representa o “adeus” não só à União Europeia, mas também à NATO. E terá de iniciar negociações para poder aderir como Estado independente.

Ainda nos Estados Unidos, o “New York Times“ deixa o aviso: o voto escocês pode vir dar um novo fôlego aos movimentos separatistas noutros países. Da Catalunha à Flandres, há casos muito particulares de regiões que podem vir a pedir também a independência. Por outro lado, se os escoceses votarem “não” é preciso ter em conta que o Governo de Londres prometeu dar mais poderes ao Governo de Edimburgo e é muito natural que, tanto o País de Gales como a Irlanda do Norte queiram vir a ter um tratamento semelhante.

Na agência russa Itar-Tass, a notícia em destaque é a de que a União Europeia não reconhece as eleições na Crimeia e na cidade de Sevastopol. As declarações de ontem de Catherine Ashton, a chefe da diplomacia europeia, são destacadas pela Itar-Tass.

A também russa Ria-Novosti fala de novas sanções impostas por Bruxelas e por Washington contra a Rússia apesar do cessar-fogo ucraniano. Seis bancos russos, cinco empresas ligadas à energia (incluindo a Gazprom) e outras cinco companhias ligadas ao sector da Defesa são desta vez atingidas pelas medidas de pressão ocidentais.  

Na “ABC Austrália”, a surpresa da União Europeia pela ausência de Tony Abbott nas conversações sobre alterações climáticas. Bruxelas estranha que o Primeiro-ministro australiano não esteja presente no encontro da próxima semana em Nova Iorque, um encontro organizado pelas Nações Unidas. Isto quando se sabe que, logo no dia a seguir, estará presente numa reunião do Comité de Segurança da ONU na mesma cidade. A Comissária Europeia Connie Hedegaard diz mesmo que “é uma pena que haja um sinal forte mostrado ao resto do mundo por parte de alguns líderes mundiais”.
De resto, há outros Chefes de Governo de países entre os que mais poluem que não vão estar presentes: casos da China e Índia.