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...e agora é a vez da resposta russa

31 jul, 2014 • Pedro Caeiro

Grande parte das notícias de hoje relaciona-se com a reacção russa ao anúncio de novas sanções europeias e norte-americanas, nomeadamente nas áreas Económicas, da Energia e da Defesa.

Começamos pela “RIA-Novosti”, que explica que o sector do gás natural russo está completamente excluído das sanções da União Europeia. A agência cita uma fonte junto da Comisão Europeia. As sanções são publicadas hoje e entram em vigor amanhã. O enviado russo a Bruxelas disse, ainda na semana passada, que as sanções “não iam dar a lado nenhum” e que apenas iriam servir como medidas proteccionistas no interesse de algumas empresas europeias ou norte-americanas.

O “Moscow Times” avança que a Rússia vai proibir a importação de frutas e vegetais da Polónia, mas que pode estender a toda a União Europeia, naquela que é a primeira retaliação aparente contra as sanções anunciadas esta semana. De recordar que Moscovo compra mais de 2 mil milhões de euros em fruta e vegetais todos os anos à união Europeia. É mesmo o maior mercado de exportação. Mas diz que esta decisão “não foi política”, alegando “razões sanitárias”.

De volta à “Ria-Novosti”, que fala dos negócios de armas entre os dois blocos. Numa altura em que aquilo que os dovide é o conflito armado na Ucrânia, uma fonte de Bruxelas explica que a Rússia exporta cerca de 3,2 mil milhões de euros em armamento para a Europa, enquanto esta exporta apenas 300 milhões para a Rússia.

Na Grécia, o “Ekathimerini” realça o facto de a União Europeia querer saber até onde é que os Governos dos Estados-membros estão dispostos a ir para garantir que o fundo de garantia bancária tem o dinheiro suficiente em caso de emergência. Para precaver futuras crises financeiras, neste momento há um pacote de 55 mil m ilhões de euros disponível. Mas pode ser preciso mais.

Do outro lado do Atlântico, o “Chicago Tribune” realça as declarações de Pierre Moscovici, que diz estar convencido que terá um papel importante ao nível económico na futura equipa da Comissão Europeia. O candidato francês rebate, assim, a opinião da Alemanha, que defende que Paris perdeu a credibilidade necessária para ocupar um cargo nessa área.

No “Business Inside”, a notícia de que Bruxelas vai investigar se a Google sempre foi (ou não) longe de mais para promover os seus produtos nos telemóveis. Em causa está o possível abuso da sua quota de mercado, de 80% graças ao sistema operativo Android, para promover, por exemplo, serviços de busca em mapas exclusivos da Google. A investigação decorre há já 4 anos. Foram enviadas questões a dezenas de empresas europeias, para tentar perceber se houve emails, faxes, cartas ou chamadas telefónicas da empresa norte-americana para pressionar empresas europeias.

No “Euroactiv”, o destaque vai para a ajuda que a União Europeia quer dar aos países africanos onde se espalha o surto de Ébola. Em conjunto com os Médicos Sem Fronteiras, Bruxelas prepara-se para contribuir com mais 2 milhões de euros, numa tentativa de impedir que o vírus se espalhe para além da zona da África Ocidental.

O “EU Observer” cita especialistas europeus para dizer que o risco de o Ébola chegar à Europa é “extremamente baixo”, mas que a possibilidade não pode ser posta de parte. Ainda assim, qualquer pessoa infectada que chegue à Europa terá de ser isolada e tratada de imediato. O Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças, sedeado em Estocolmo, na Suécia, alerta que vai ser difícil detectar uma pessoa doente logo à chegada, porque o período de incuibação do Ébola ronda as 3 semanas.