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Vêm aí mais sanções

29 jul, 2014 • Manuela Pires

Bruxelas vai aplicar novas sanções a Moscovo, com a Banca, a Energia e a área da Defesa a serem as áreas mais afectadas. Da Rússia vêm ameaças de acabar com a importação de produtos europeus e americanos.

A União Europeia vai aplicar mais sanções à Rússia pelo seu envolvimento no conflito da Ucrânia. O jornal “El Mundo” adianta que, esta segunda-feira, os 28 Estados-membros decidiram alargar a lista de sanções a mais 8 pessoas e 3 entidades de Moscovo. Entre elas, estão personalidades muito próximas de Vladimir Putin. Uma fonte diplomática adiantou ao jornal que estes políticos russos têm entrada proibida em território europeu e ficam com os bens congelados.

O “Guardian” acrescenta que os sectores afectados são a Banca, a Energia e a área da Defesa. Para já, e sem contar com estas novas sanções, a lista da União Europeia tem já 87 nomes, incluindo vários assessores do Presidente russo e 20 entidades e empresas. Na reunião de ontem, os 28 decidiram ainda proibir os investimentos em petróleo e gás na Crimeia e em Sebastopol, cuja anexação por parte da Rússia é considerada ilegal.

O “El Pais” adianta que os Estados Unidos querem também aumentar as sanções depois de ter ficado comprovado que a Rússia apoia militarmente os rebeldes separatistas. Ontem, Barack Obama, Angela Merkel, Francois Hollande, David Cameron e o Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi falaram ao telefone e decidiram que é preciso aplicar mais sanções.

Na Rússia, o “Moscow Times” escreve que as autoridades estão a pensar em travar a importação de frutas da União Europeia e de galinhas dos Estados Unidos.

Outras notícias esta terça-feira, o “Wall Street Journal” dá conta da decisão da Comissão Europeia. Bruxelas autorizou a compra da Beats pela Apple. Dois meses depois de ter sido anunciada a aquisição, os reguladores europeus consideram que não existe qualquer problema de concorrência. O negócio de 2,2 mil milhões de euros, que compreende a absorção da Beats Electronics e da Beats Music, aguarda ainda autorização nos Estados Unidos e prevê-se que esteja concluído lá para o fim do ano.

O “Jornal de Negócios” perguntou à troika sobre as responsabilidades na prevenção da crise do BES. Na resposta, a Comissão Europeia e o FMI atiram responsabilidades para Carlos Costa. Argumentam que os poderes de supervisão estavam exclusivamente nas mãos do banco de Portugal.

A falta de liberdade de imprensa na Hungria volta a preocupar a Comissão Europeia. A Euronews diz que Bruxelas vai analisar a legalidade do novo imposto sobre a publicidade na comunicação social aprovado pelo Governo de Budapeste.

A Comissão Europeia considera que pode violar os fundamentos do mercado único, já que a empresa que vai ser mais penalizada é o canal de TV privado e de capital estrangeiro, que opera no país há 17 anos. É o canal com mais audiência e o mais independente em relação ao Governo.